sexta-feira, 15 de julho de 2011

                                                                         O princípio
  Pua de bagre está surgindo, com um caráter único. O de retratar a vida na Praia do Hermenegildo, tanto no aspecto Social, Histórico e Ambiental , este veiculo de informação vai procurar ter uma isenção impar sobre todos os pontos de vistas.
               Seremos críticos severos e contundentes a situações que venham a desencontro com o bem estar de nossa gente, tanto de moradores , como dos veranistas e proprietários deste que é no nosso entender, o mais belo e bem sucedido balneário da costa sul do Brasil.
               Esta afirmação pode ser um pouco exagerada, mais tínhamos tudo para não dar certo como uma povoação, de sucesso que hoje felizmente nos tornamos..
               Vejamos nossa trajetória: Segundo historiadores começou lá pelo fim do século XIX. Neste período nossa gente costumava migrar para a beira do oceano principalmente nos meses de verão, por recomendação médica para poder fugir das epidemias que na época, sem cura eminente eram devastadoras para os grandes aglomerados de pessoas que existiam na cidade.O ar do mar, mais puro e saudável era uma solução para acura de doenças principalmente as respiratórias.
               Onde hoje é a bonita Barra do Chuí, era o destino de um grande numero de famílias mais abastadas de nosso município, para aquelas Barrancas na foz do Arroio Chuí na beira do Oceano Atlântico que caravanas de carros de bois e carroças se dirigiam. O acesso longo era o mais viável, apesar de alguns banhados que, em épocas de verão poderiam ser facilmente transpostos.
                  Alguns abnegados que não se conformavam em ter que percorrer este longo caminho para desfrutar de um ar marinho, fez com que forjassem um caminho mais curto para o oceano. E assim, enfrentando dunas gigantescas, “combros” banhados e lagoas, onde existiam perigosos “manantiais”,que não raramente engoliam carroças e animais atolados, foi se formando lentamente o que foi o famoso passo do Hermenegildo, hoje a famosa RS033 (Brigadeiro Policarpo Azambuja).
                 Este trabalho todo, para percorrer aproximadamente 13 Km que, às vezes levava horas ou até mesmo dias. Para que? Simplesmente para poder acampar a beira do mar em um campestre na beira de um riacho sem uma única sombra onde só havia junco, areia, Sol e muito vento.
   Tínhamos tudo pra dar errado! Vejamos, de um lado a Foz do Arroio Chuí com suas lindas Barrancas na fronteira, onde a nossa gente da Coxilha dos Palmares tinham uma relação muito próxima e amistosa com os visinhos Uruguaios, o acesso mais longo era o “mais fácil” e rápido, que alem do oceano Atlântico com suas águas salgadas e frias, havia o maravilhoso arroio Chuí com águas quentes, limpas e calmas, e suas famosas barrancas, lugar estratégico, que protegiam a povoação das areias finas e dos fortes ventos,Sul, Nordeste, e o temido Minuano que até hoje sopram nesta região.
                 Mais para o norte, aproximadamente 200km,estava à pomposa praia do Cassino a primeira praia do Rio Grande do Sul, com toda sua estrutura que para a época era fantástica com hotéis cassinos e outros atrativos.
                 E no meio disso tudo? 150km de areia, junco, ventos e água fria, encravada no meio de combros “dunas gigantesca”, lagoas e banhados quase um deserto interminável, um verdadeiro ALBARDÃO. “Palavra que deriva de albarda, uma sela rústica muito usada para bestas de carga.”
                 Há relatos que o mineralogista alemão Guilherme Von Feldner navegando nesta costa, em meados de 1810, falou. “A mais triste praia arenosa borda o mar e o olho do navegante procura inutilmente uma perspectiva em que descansando se possa recrear. Sem querer sua vista se eleva ao céu e exclama: Deus!que misero deserto de areia”.
              Com tudo isto, qual era chance de dar certo? Da lhe HERMENEGILDOOOOO........
                                   
                                   
                                           Ass. O cego



Nenhum comentário:

Postar um comentário