domingo, 16 de outubro de 2011

COLABORAÇÃO DE LEITOR:


cid:EDF58877-B99A-4EE5-B718-D4E5FE01915A
BOPE: R$ 2.260,00 Para arriscar a vida;
Bombeiros: R$ 960,00 Para salvar vidas;
Professores: R$ 728,00 para preparar para a vida;
Médicos: R$ 1.260,00 para manter a vida;
BM RS: R$ 780,00
E um deputado federal? Ganha R$ 26.700,00
 para prejudicar a vida do Brasileiro! 
Ainda Corporativistas absolvem Jaqueline Roriz na maior cara de pau
(Encaminhe, faça parte da campanha dos Bombeiros, e da BM
. Acorda Brasil!!!!!!!!!!!

Leitor: Miguel Peralta




COLABORAÇÃO DE LEITOR:




"Já que colocam fotos de gente morta nos maços de cigarros.
Por que não colocar também:
De gente obesa em pacotes de batata frita.
De animais torturados nos cosméticos.
De acidentes de trânsito nas garrafas e latas de bebidas alcoólicas,
De gente sem teto nas contas de água e luz e,
De políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos?"
Leitor: Miguel Peralta 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

HISTÓRIAS DO HERMENEGILDO IV:

  O baixinho retaco


               Viveu aqui no Hermenegildo lá pelos fins dos anos 70 começo dos 80
 Um sujeito muito carismático, baixinho, retaco, perna torta, - hum,... Digamos assim não era muito provido de beleza física. Mais de uma beleza espiritual muito grande.
                -Não se sabe ao certo como ele apareceu aqui por estas bandas, nem se tinha família, o certo é que gostava de uma birita, e era colorado doente.
                - Boa gente, sempre brincalhão, vivia fazendo biscate para custear sua cachacinha, comia e dormia onde desse, encostado na casa de um ou de outro, às vezes ficava no meio das acácias, ou nas areias, sempre anestesiado pela pinga não ligava para nada tudo estava bem para ele.
                  Tinha ele uma frase muito famosa: “- me da cinco ai,. pa pepi!!!!”
                - com todos estes atributos pessoais não teve dificuldade de se enturmar no baixo clero hermenegildense, fazendo muitos amigos, em fim era querido por todos.
                 - Bem vamos ao que importa. -Certa feita estava ele parando na casa de um amigo, - La para o lado sul da praia.
                 -Sempre que vinha para casa ele preferia vir pela costa do mar, até certo ponto para depois atalhar no beco da lingüiça onde dizem que ele escondia varias garrafas de pinga no meio dos juncos para poder saborear tranqüilo no caminho.
                  - Neste trajeto vivia uma velha castelhana, que apesar de seus setenta e poucos anos era muito fogosa, e se engraçou com aquela figura peculiar, baixinho, perna torta.-Mais que segundo a castija sempre muito atenta:- com um volume considerável nas partes baixas: - Se é que me entendem!!!
                  - Numa destas passadas a castija não teve duvida chamou o elemento para uma prosa, papo vai papo vem e o romance engatou,
                   -Só tinha um problema nosso artista não era chegado a um bom banho, mais a castija muito asseada não estava a fim de perder aquela oportunidade e depois de alguma insistência, conseguiu colocar aquele baixinho sentado dentro de um bacião de alumínio grande, com água morna, para que o mesmo tirasse um pouco a catinga, preparando-o assim para a tão esperada noite de amor.          – Parece que o tiro saiu pela culatra, à decepção da castija fogosa era tanta, Que no outro dia a mesma inconformada comentou com um amigo em comum.
                    -No! El Jacaré no da, me equivoquei com el volume. Tomou-me dois litros de canha e na hora H, cuando mirei,  lo desgraciato era que ni ganso, tinha los huevos grandes como una boxa, e el pinto Chiquito como una rolha.....no!!! assim no dá!!!
                       Dizem que o mesmo tinha um testículo rendido.
                    - Grande JACARÈ, uma figura que passou por estas bandas e que deixou saudades!!!!!!!Esta é uma homenagem ao grande Jacaré!
                                                                                           Ass. Surdo
                                                                                    

                        
    O manicômio!!!!!


                  Dentro do sonho humano de buscar a felicidade plena, onde estudiosos vasculham o mais profundo da essência humana para tentar descobrir quem somos,de onde viemos, para onde vamos, e qual é nosso papel neste universo.
                  Temos a certeza só de uma coisa:- Ainda não se sabe o que é ser feliz. Viver deveria ser uma viagem prazerosa,em harmonia com todos os outros seres do universo, em fim, deveria ser uma aventura dentro e fora do nosso intimo. Mais não é!!!!
                   Por outro lado acho que ninguém levou em conta o balneário do Hermenegildo que deveria ter um papel importante nestes estudos, aqui sem duvida é um laboratório natural de tudo o que já se fez em termos de psicologias e sociologia humana no mundo moderno, O grande Sigmund Freud que foi que mais se aprofundou para desvendar a mente humana certamente, aqui estaria no céu.
                    Neste pedaço Austral do Brasil, vivem pessoas inteligentes, que sintetizam a humanidade moderna, alcoólatras irrecuperáveis e recuperados, borrachos felizes e infelizes, neuróticos em recuperação, ou sem recuperação,filósofos populares analfabetos, loucos com suas sacadas geniais,pseudo-s intelectuais sedentos por informação, vivem gay , lésbicas e simpatizantes,assumidos ou enrustidos, políticos honestos e corruptos , falidos ou bem vividos, vagabundos assumidos ou sumidos, aqui tem gente pacata , empresários, velhos e crianças, jovens caretas, e até drogados babacas, vivem mulheres mal amadas e carentes, algumas até bem amadas e felizes, tem mexeriqueiras e mexeriqueiros de plantão, também tem, doutores, professores, trabalhadores, caçadores e pescadores, de ilusão. - Isto aqui sem duvida é um grande manicômio a céu aberto, onde todos são seus próprios psicólogos tentando resolver seus problemas existenciais, cada um procurando ser feliz do jeito que der.
                   Não temos duvida: -Que este lugar,de loucos quase que isolado em pleno século XXI, e que a mais de 120 anos vem forjando homens e mulheres fortes de personalidade e quem sabe, felizes, atrai pessoas que de uma maneira ou outra tentam quase que, empiricamente fugir dos preceitos da humanidade, que vive presa a princípios e conceitos e que torna a todos, prisioneiros de si mesmos e de suas limitações.
                   Em plena era dos computadores, quando ouvimos relatos, idéias e opiniões de pessoas simples aqui no Hermenegildo, observamos o quanto os bancos escolares e faculdades estão pobres e não conseguem passar para seus educandos o nível de consciência que nossa gente tem.
                   Os cursos de Sociologia , Psicologia, Psiquiatria e outras logias por ai, tinham que sair das salas de aula entre quatro paredes para vir á esta escola a céu aberto que é o grande educandário:- O Balneário do Hermenegildo!!

Como diz o grande poeta Mudinho “Praia louca e sapiente,”
                                                “Gente bronca inteligente”!!!!            

                                                                                                      
                                                                                                      
                                                              Ass.: o Cego
 Historias do Hermenegildo III.

                     
             O mergulhanzinho

                   -Certa feita apareceu um mergulhansinho por estas bandas, gente boa de campanha, veio para cá depois de vender uma pequena chacrinha que possuía, acreditando que aqui teria uma vida melhor e mais tranqüila, por que no campo era dureza o trabalho e o sustento não era fácil:- Pois o mesmo tinha um lote de filhos.
                   Chegou aqui com um dinheirinho da venda da chácara e de umas ovelinhas.
Veio de carroça puxada por um cavalinho velho, negro como a noite, comprou uma casinha e aqui fincou o facão.
                   O bixo era mais grosso que dedo destroncado, apesar de não morar muito longe do mar não conhecia o mesmo, acostumado com arroios, chegou meio desconfiado, devagarzinho foi quando viu Atlântico bufando não se agüentou e exclamou.
                    - Ala maula que lagoão Chê !!!!
                    -Pois bem,certa feita depois de já estabelecido, o vivente pegou seu cavalinho magro, que também servia para montaria, matungo, meio cieta e um pouco fraco desabituado com a comida daqui.- Encilhou o mesmo no capricho para dar uma reconhecida na praia,- lá pelos lados do Albardão. Foi quando, Vinha orgulhoso e faceiro com seu companheiro ao trote pela costa do mar, avistou um pontinho escuro no horizonte que se aproximava, meio desconfiado parou para ver:- Era um Teco- Teco, aquele aviãozinho usado para por veneno nas lavouras.
                    - O piloto vendo aquele cavalheiro na praia não se conteve, deu um rasante em cima do mesmo, que assustado arregalou os olhos, abaixou a cabeça, cravou os garrão nas costelas do matunguinho velho e fugiu numa carreira desesperada para acima dos combros de areia, na tentativa de fugir daquela besta voadora que vinha para cima dele.
                    -Vendo aquele desespero do mergulhansinho, o sacana do piloto não teve duvida.- Voltou para dar outro rasante: Mais a esta altura o matungo fraco não agüentou a corrida nas areias e se arriou no chão exaurido de cansaço.-O taura apesar de um pouco de dó de ver sua montaria ali agonizando, não hesitou largou seu fiel companheiro caído na boca da Besta voadora e saiu correndo combros afora, gritando por socorro. - O bixo era grosso mesmo !!!!!
                      Dizem que até hoje quando escuta o barulho de algum avião o mesmo ainda sente um arrepio na espinha , um tremor nas pernas, e uma frouxura na barriga. Há. Há. Há. Há. !!


                                                                                       Ass. O Surdo.

sábado, 6 de agosto de 2011



                                                  Histórias do Hermenegildo II.


             Vamos contar aqui a historia de um elemento que viveu por estas bandas gente boa, bom de papo até mesmo querido por todos.mais que tinha um defeito grave, ele infringia um dos 10 mandamentos da lei de Deus a GULA.
            O cara gostava de visitar os amigos coincidência, ou não sempre na hora do almoço ou da janta, alem de guloso,o cara também era encostão.
             Contam que certa feita o elemento conseguiu almoçar em quatro lugares diferentes no mesmo dia ,o cara conseguiu mapear os amigos e a hora do almoço de cada um, levantando cedo para fazer este itinerário gastronômico.
             O anedotário conta que o elemento comeu desde mocotó passando por duas feijoadas e arrematou num sopão daqueles de fazer o cara suar dentro da panela. O vivente era bom de garfo, há contam que de LATRINA também, pudera!
             Certa feita numa manha fria do mês de julho, num destes invernos rigorosos lá pelos anos, não sei dizer ao certo, estavam reunidos um grupo de amigos na resolana do Bar Jangada, tomando um trago de canha a espera do ônibus das nove, .- Pois bem entre um trago e outro resolveram fazer rateio, para um almoço ali mesmo no Bar Jangada, não tanto pela comida mais para esticar aquele que era o esporte favorito da maioria, o levantamento de copo.
              Foi quando alguém já impaciente foi até o meio da rua para ver se o ônibus estava chegando avistou o tal elemento vindo,de bicicleta e assobiando, parecendo pressentir a comilança que se aproximava .-Correu para dentro avisar ao resto da turma o que estava acontecendo,- Foi ai que combinaram passar um trote no encostão guloso!-ficaram cochichando que um amigo do tal, que tinha uma chácara a 6 km da praia,havia caçado uma Capivara e estava matando um Porco para fazer lingüiça.
-Ouvindo aquela história e sentindo o cheiro de Bóia, não deu outra, o cara saiu de fininho pegou sua bicicleta e rumou para lá ,pedalou fácil os 6 km, pois com o vento Sul ajudando, em meia hora estava batendo palma na chácara do amigo.-Qual não foi à surpresa! Não só não havia matança de porco como o amigo nem estava em casa! Havia caído numa cilada.
- À volta com certeza foi penosa, pois todo guloso é gordinho, já estava um pouco cansado, com fome, e aquele vento Sul, outrora amigo, agora estava de frente e muito frio, nosso amigo encostão demorou quase duas horas para voltar chegando no Bar Jangada não havia mais comida. Neste dia o Guloso passou Fome! Mais não perdeu a oportunidade de ir a latrina do Bar, largar o produto da noite anterior. HAHAHA!

                                                                                                                             ASS: O MUDO

 




                                    URGENTE!!!!!!
OLHA AÍ GENTE! O MUDINHO NÃO SENTA SÓ A PUA, TAMBÉM FAZ POESIA!!!


Oceano
                                                                                              
Oceano e maresia !
Às vezes, amor e alegria.
Depende, da fantasia,
Medo horror,e poesia.
Ó oceano amado!
Toda minha idolatria!
A ti que é, só magia.
Tu és belo e colossal!
Quase um cartão postal!
Oceano solidário, Tu és único!
Inspiras muitos amores...
Também carregas as dores,
Do pescador solitário.
No balé de tuas ondas, Oceano! 
A lua cheia, linda e bela,se anuncia!
 Regendo a melodia,.....
Mais uma noite que inicia!


Ass. O mudinho


 


Vento Sul!

É viração        
Mar revolto! Anuncia.
È vento Sul que inicia.          
Sopra forte ,Vento, sopra.
Sopra do sul pra o norte
Vento Sul trás a incerteza!
Também trás toda a beleza, das ondas brancas do mar...       
Sopra vento maldito!
E faz ecoar teu grito, nas noites claras de Luar.
Vento sul, tu és medonho!
Também alimentas, sonhos! Das profundezas do Mar!
Sopra vento querido!
Sopra com alegria, trazendo dentro do peito, a certeza de um novo dia!             
                                                          


Ass.O mudinho

 

O FIM !!!!

                  Um dia destes li em algum lugar o quanto as palavras são poderosas.
              Sem duvida alguma quando o ser humano na pré história começou a balbuciar as primeiras palavras da chamada protolíngua universal começou a lenta degradação dos seus sentidos.
              Quando escutamos uma palavra necessitamos certo tempo para compreender seus sentidos ou o seu significado, mas quando recebemos um beliscão por exemplo na hora sentimos dor e gritamos.
              Os animais que não falam dependem exclusivamente dos seus sentidos para sua percepção do mundo.
               Quando em 2004 um poderoso tsunami invadiu cidades da Ásia e África, matando milhares de pessoa, que esperavam por avisos simbólicos para poder fugir, “palavras”-, através de telefones, rádios, televisão etc.... No Parque Nacional de Sri Lanka, onde vivem milhares de animais silvestres, nenhum deles morreu apesar da inundação repentina do mesmo. Leões , Elefantes, Zebras, roedores....  Em fim quase todos os animais conseguiram escapar, fugindo a tempo para regiões mais elevadas quando perceberam as primeiras vibrações sísmicas e ruídos do fundo do oceano.
             O mesmo poder da palavra que ajudou o Ser Humano a dominar quase todas as outras espécies da terra, também pode contribuir para sua derrocada.
              Na fantástica praia do Hermenegildo não poderia ser diferente, palavras soltas ao vento também podem ser muito prejudicial para todos os amantes e aficionados deste lugar mágico.Depois do ultimo ciclone extratropical, vento Sul ou Sudoeste, quem sabe! O que é normal nesta época do ano causando alguns prejuízos materiais. Surgiram novas e variadas opiniões sobre tudo, um grande jornal da Capital fez uma matéria com o seguinte titulo sensacionalista, “Um Balneário Engolido pelo Mar”. Autoridades desinformadas e sem nenhum fundo científico, afirmaram em entrevistas que a erosão chega a dois metros por ano propondo projetos faraônicos, para resolver o problema, Palavras , palavras....como dizia Gonzaguinha “Em dia Ruim também se diz bom dia”, palavras, palavras!!!
              Nós, Pua de Bagre, também temos algo a dizer . -Certo, sem nenhum estudo científico! Mais com um grande estudo histórico e Ambiental de quem vive e freqüenta este paraíso a mais de cem anos através de nossos pais e avos.
               Ao longo dos mais de 120 anos de história saímos dos campestres, com nossas casas, para invadir dunas incipientes e frontais, dunas estas que, formavam uma barreira natural flexível, onde protegia o balneário contra a violenta erosão das ondas e vento.
                Com a invasão acreditava-se, entre outras coisas que, construindo em cima das dunas moveis, não se teriam mais o problema de soterramentos das casas que era comum durante os longos invernos. Mais mesmo assim a areia fina e branca insistia em importunar as pessoas. E foi ai: Que através da palavra veio à grande e genial idéia!      – Vamos retirar esta areia nojenta, que insiste em ranger nossos dentes na hora de comer, pinica nossos corpos na hora de dormir e até queima nossos pés na hora de nosso banho de mar.
                E assim, milhares de caminhões de areia começaram a ser retirados de nossa praia. Proprietários faziam fila na prefeitura, alguns até faziam o velho lobe do amiguinho do poder, para que sua propriedade fosse contemplada em primeiro lugar e assim livrá-los desta peste branca e fina que tanto os incomodava.-Santa Ignorância!!!
                Segundo estudos o balneário se encontra mais de 40 metros a frente da linha da costa Hoje o oceano só está retomando o seu lugar,paciência.
            Pressinto: Não vai ser o fim do Hermenegildo não!!!! Acho!!! Palavras........

                                                                                            Ass. O cego.                

sexta-feira, 15 de julho de 2011

                                                                      Histórias do Hermenegildo I

           Estas longínquas e românticas areias do extremo sul do Brasil desde sempre contabilizam historias de romances e amores calientes, alguns de verão que serão esquecidos ou não na eternidade da vida. Outros marcados por seus mais fieis moradores, pessoas que por algum motivo tiveram o privilégio de permanecerem nesta terra, e só saiam daqui para ir ao medico ou para pagar alguma conta na cidade.                                      Nós moradores destas plagas que desde sempre enfrentamos invernos que podem ser frios e cruéis na temperatura meteorológica, mais nem sempre é assim no coração e na alma da nossa gente.
           Para quem não sabe, ora estamos com o vento minuano soprando diretamente das cordilheiras, um ar gelado que entra na nossa espinha com uma sensação abaixo de Oº. Quando pensamos que o cenário vai mudar, com o alerta dos meteorologistas, emplaca uma viração, hoje pomposamente chamada de ciclone extratropical que nada mais é que o nosso famoso vento Sul, que faz o Atlântico roncar aqui em cima de nossas casas, Atlântico este, que apesar de maravilhoso e belo trás uma carga de destruição assustadora , Isto sem falar do nordestão, que pode ficar dez, quinze dias seguidos jogando areia para o continente, sem dar uma única trégua para nossos corpos e almas calejadas. O vento norte, nos é mais grato e ameno, mais como diz o poeta, “Sopra forte vento Norte antes que essa chuva caia”.
           Pois bem, é neste cenário que eu quero contar um fato pitoresco, acontecido nestas bandas: - Lá pelos idos de 70, num destes invernos cruéis, nossa praia não passava de umas 500 ou 600 casas, que praticamente ficavam abandonadas no inverno, seus veranistas costumavam arrumar suas tralhas e ir para a cidade: - nossa estrada não era muito fácil de transitar antes do asfalto, ficavam nestas terras alguns poucos abnegados moradores, não mais de que uma centena.  Num destes invernos alguém estava mexendo em algumas casa pegando o que não era dele : Suspeitavam de um morador que havia sido visto andando de madrugada com um carrinho de mão carregado, com uma manta por cima para tapar os supostos objetos subtraído do alheio.
             Como todos tinham interesse de esclarecer os fatos começaram a cuidar o tal meliante.
           - Numa desta noite de vento Sul, em que o barulho das ondas é mais forte chegando a causar temores e arrepios aos menos desavisados, um grupo de moradores resolveu atocaiar o individuo suspeito:- La por volta da 1 Hora da madrugada, com um frio daqueles de renguear cusco, vinha o suposto meliante, com seu carrinho de mão carregado, se esquivando pelo meio das ruas e ruelas escuras do balneário:- Quando foi abordado por seus, a esta altura desafetos, pois a certeza que tal suspeito era culpado não se tinha mais duvida. Qual não foi a surpresa!- Quando retirada a manta de cima do carrinho de mão;O tal estava carregando nada mais nada menos que sua secreta namorada para o calor sua alcova, tapada com uma manta, para protegê-la do frio, e quem sabe, para que ninguém pudesse identificá-la visto que era uma figura muito peculiar nestas bandas e facilmente reconhecida se vista, até mesmo na penumbra das noites escuras do Hermenegildo: Juro que é Verdade.

                                                           Ass. O Mudo


                                                                         O princípio
  Pua de bagre está surgindo, com um caráter único. O de retratar a vida na Praia do Hermenegildo, tanto no aspecto Social, Histórico e Ambiental , este veiculo de informação vai procurar ter uma isenção impar sobre todos os pontos de vistas.
               Seremos críticos severos e contundentes a situações que venham a desencontro com o bem estar de nossa gente, tanto de moradores , como dos veranistas e proprietários deste que é no nosso entender, o mais belo e bem sucedido balneário da costa sul do Brasil.
               Esta afirmação pode ser um pouco exagerada, mais tínhamos tudo para não dar certo como uma povoação, de sucesso que hoje felizmente nos tornamos..
               Vejamos nossa trajetória: Segundo historiadores começou lá pelo fim do século XIX. Neste período nossa gente costumava migrar para a beira do oceano principalmente nos meses de verão, por recomendação médica para poder fugir das epidemias que na época, sem cura eminente eram devastadoras para os grandes aglomerados de pessoas que existiam na cidade.O ar do mar, mais puro e saudável era uma solução para acura de doenças principalmente as respiratórias.
               Onde hoje é a bonita Barra do Chuí, era o destino de um grande numero de famílias mais abastadas de nosso município, para aquelas Barrancas na foz do Arroio Chuí na beira do Oceano Atlântico que caravanas de carros de bois e carroças se dirigiam. O acesso longo era o mais viável, apesar de alguns banhados que, em épocas de verão poderiam ser facilmente transpostos.
                  Alguns abnegados que não se conformavam em ter que percorrer este longo caminho para desfrutar de um ar marinho, fez com que forjassem um caminho mais curto para o oceano. E assim, enfrentando dunas gigantescas, “combros” banhados e lagoas, onde existiam perigosos “manantiais”,que não raramente engoliam carroças e animais atolados, foi se formando lentamente o que foi o famoso passo do Hermenegildo, hoje a famosa RS033 (Brigadeiro Policarpo Azambuja).
                 Este trabalho todo, para percorrer aproximadamente 13 Km que, às vezes levava horas ou até mesmo dias. Para que? Simplesmente para poder acampar a beira do mar em um campestre na beira de um riacho sem uma única sombra onde só havia junco, areia, Sol e muito vento.
   Tínhamos tudo pra dar errado! Vejamos, de um lado a Foz do Arroio Chuí com suas lindas Barrancas na fronteira, onde a nossa gente da Coxilha dos Palmares tinham uma relação muito próxima e amistosa com os visinhos Uruguaios, o acesso mais longo era o “mais fácil” e rápido, que alem do oceano Atlântico com suas águas salgadas e frias, havia o maravilhoso arroio Chuí com águas quentes, limpas e calmas, e suas famosas barrancas, lugar estratégico, que protegiam a povoação das areias finas e dos fortes ventos,Sul, Nordeste, e o temido Minuano que até hoje sopram nesta região.
                 Mais para o norte, aproximadamente 200km,estava à pomposa praia do Cassino a primeira praia do Rio Grande do Sul, com toda sua estrutura que para a época era fantástica com hotéis cassinos e outros atrativos.
                 E no meio disso tudo? 150km de areia, junco, ventos e água fria, encravada no meio de combros “dunas gigantesca”, lagoas e banhados quase um deserto interminável, um verdadeiro ALBARDÃO. “Palavra que deriva de albarda, uma sela rústica muito usada para bestas de carga.”
                 Há relatos que o mineralogista alemão Guilherme Von Feldner navegando nesta costa, em meados de 1810, falou. “A mais triste praia arenosa borda o mar e o olho do navegante procura inutilmente uma perspectiva em que descansando se possa recrear. Sem querer sua vista se eleva ao céu e exclama: Deus!que misero deserto de areia”.
              Com tudo isto, qual era chance de dar certo? Da lhe HERMENEGILDOOOOO........
                                   
                                   
                                           Ass. O cego